quarta-feira, 15 de julho de 2009

Cont. do 1º Capitulo.

Eu fiquei na Sala pensando se tinha feito mal em falar aquilo para Caio, mas realmente era o que eu achava ele era um menino bonito, sempre usava aquele cabelo castanho claro bem arrepiado, destacando seus olhos que eram de cor semelhante, e tinha um sorriso muito lindo que se abria em uma covinha pequena, não sei se era o tipo da Tanajura loira, mas se eu não fosse tão irmã dele – afinal eram seis anos de amizade – Eu me interessaria por Caio, e assim como eu, deve ter outra garota que goste dele, e eu vou achar esta menina.
Quando tocou o sinal pra saída Caio estava me esperando na porta da minha sala, dei um beliscão nele e sai andando, ele foi atrás de mim caminhando ao meu lado.
– O que você acha da gente alugar uns filmes e pedir uma pizza lá em casa e amanhã vocês vem direto pra escola. Minha mãe vai dormir na minha avó com a minha irmã, e meu pai ta viajando por causa do trabalho, e eu odeio...
–... Ficar sozinha em casa, por que eu tenho medo.
Dei um tapa no ombro dele com um pouquinho de força, e ele gemeu.
– Eu não tenho medo só não gosto de ficar sozinha é estranho.
– Que seja. Quem liga pra Jessica eu ou você?
– Liga você não posso usar o telefone, to de castigo por que não limpei meu quarto.
– Deixa comigo então. Eu passo pra buscar a Jessica e as 8:00hr vou pra lá. Vem comigo no meu carro eu te levo pra casa hoje.
– Opa! Vamo bora, qualquer coisa é melhor do que pegar ônibus.
Caio olhou com uma cara feia pra mim e disse.
– Ta chamando meu carro de qualquer coisa, ele pode não ser lá uma Ferrari, mas eu tenho um carro. – depois de me dizer isso ele mostrou a língua em um ato totalmente infantil.
– Que culpa tenho, se eu não completei maior idade, ou você esqueceu que o único que repetiu o terceiro, foi você. – dessa vez eu ganhei do Caio.



Tinha acabado de tomar banho, ainda estava secando o cabelo molhado com a toalha de banho, quando a Campânia tocou, desci correndo as escadas pra atender a porta. Só pude sentir meu pé descalço e molhado escorregar no piso antiderrapante que minha mãe escolheu para por na nossa sala, levei um tombo tão forte que até empurrei a mesinha de centro, fiquei sentada com dores em todos os cantos do corpo, pelo jeito o barulho tinha sido alto, pois eu ouvia as risadas de Caio e Jessica atrás da porta, não pude aguentar e comecei a dar risada junto com eles, enquanto me levantava meio corcunda caminhando até a porta para abri-la. E lá estavam eles, Caio com seu estilo básico de sempre boné, blusa de frio e calça jeans, já Jessica extravagante como só ela é, com uma tiara prateada que destacava seu cabelo curto – vermelho vulcão nº 56 da marca de tinta que ela usava –, cor que destacava os olhos verdes escuros, sua franja de lado como sempre, a roupa de perua, blusinha de oncinha com um super salto, cheia de bijuterias, e com metade da pele branca a mostra com todo aquele frio. Era incrível como éramos diferentes uns dos outros
– Este é o primeiro do dia? – Perguntou Caio, quando eu abri a porta.
– Na verdade eu levei outro tombo hoje à tarde quando estava indo pra cozinha.
– Ainda bem que seu piso é antiderrapante, não é? – disse Jessica com ironia.
– Vocês trouxeram a pizza – eu estava reparando nas duas caixas de pizza que Caio trazia na mão – quatro queijos e calabresa?
– Como sempre! – respondeu Caio enquanto colocava a pizza na mesa de centro - que estava meio torta porá causa do empurrão que eu dei nela – ele se jogou no sofá todo espalhado.
– Terror clássico pra assistir. – Jessica mostrou o filme com a capa do logotipo da locadora perto de casa.
– Incrível vocês amam judiar de mim. Eu vou buscar refrigerante.



– Tem certeza que esse filme é de terror? Você leu a capa direito Jessica? – disse Caio caçoando do filme, que até agora não tinha nós feito dar um pulinho.
Ele não estava mentindo, pois já tinha meia hora de filme, e a única coisa que aparecia era uma menina tocando piano, o filme tava um saco.
– Acho que a atriz ficou com cainbrã nos dedos de tanto tocar piano. – Eu caçoei.
– Ou ficou com trauma de música classica! – disse Caio e nós dois fizemos um toque de mão em seguida.
– Quer saber, por que a gente não faz alguma coisa interessante? Esse filme não ta prestando. – perguntou Jessica.
– Boa idéia Jé, eu já tava querendo falar de um assunto com vocês!
– Sobre? – perguntou Caio curioso.
– Sobre achar uma namorada digna pra você, ai você ia esquecer a Tanajura. – eu disse com um ar de glória.
– Fala sério vivi, cala a boca ai vai. – ele tampou minha boca com a mão.
– Ela ta certa Caio, já passou da hora de você melhorar seus gostos para mulheres! – concordou Jessica.
– Olha porque vocês não me deixam assim eu to feliz, ok? Você que devia se preocupar em achar um namorado Vivi, ta sempre solteirona.
– Não obrigada, homem vem junto com dor de cabeça, e meu analgésico acabou.
– Você diz isso porque não sabe como é estar apaixonada. Você fica dando uma de insensível que não quer homem não sua vida, blábláblá... – disse Jessica para mim.
– É claro que eu sei o que é estar apaixona, eu amo o Caio. – Eu me pendurei no pescoço do Caio e comecei beijar a bochecha dele. – não é meu amorzinho?
Caio começou a fazer coceguinhas em mim e ficamos dando risada dando risada, aquilo foi realmente engraçado, mas eles tinham razão já tava passando da hora de eu dar uma de durona, tinha que começar a encarar a realidade.

Um comentário: